Thursday, October 24, 2013

Nueva aventura de Cuentisanía





Empezamos un proyecto precioso y en pañales..nunca mejor dicho..Enamorada aún más de la vida cuando te da estas oportunidades..

..Aquí está un momentito de esos mágicos que llevan los niños en los bolsillos y que sacan cuando menos te lo esperas: Su primer encuentro con brillantes y desordenadas pompas de jabón..


Sunday, October 13, 2013

Don Alvaro


Alvaro Alves de Faria vino a participar del XVI de poetas iberoamericanos en Salamanca, pero también vino el hombre de corazón dolorido y sensibilidad extrema, férreos principios y coherencia envidiable..El tierno ser humano y activista político inquebrantable..Me sentí orgullosa y honrada con su deferencia para conmigo. Tremendo ser, gran poeta y artista..Gracias...



Aquele homem 
Sou aquele homem que não voltou, 
que saiu de casa ao amanhecer 
e se perdeu para sempre. 
Sou aquele homem da fotografia na parede 
da casa fechada por dentro. 
Sou aquele homem que inventou a tarde, 
mas não viu anoitecer. 
Sou aquele homem que se perdeu sem saber. 
Aquele que não soube nunca, 
sou aquele que não soube. 
Sou aquele homem que desapareceu, 
aquele que acreditou, 
e ao se ausentar de si mesmo 
sentiu o vazio absoluto de todas as coisas. 
Sou aquele homem que se foi 
e quando pensou em voltar 
não tinha mais tempo, 
era tarde demais. 
Sou aquele homem que se desfez 
depois de enlouquecer 
e enlouquecido 
tentou refazer o seu destino 
Sou aquele homem que engoliu 
um rio 
e se afogou adormecido. 
Aquele que falou sozinho 
diante do espelho 
se vendo do avesso. 
Sou aquele homem que falava com as pedras 
palavras desesperadas 
que saltavam da boca 
como gafanhotos doentes. 
Aquele homem que conversava com os santos 
numa igreja sem portas 
e que dizia silêncios 
em sílabas de gesso. 
Sou aquele homem 
que enfiou um punhal no coração 
como um poeta romântico do século 18. 
Sou aquele homem quase lírico 
que chamava os pássaros 
para uma ceia de sementes. 
Aquele homem que rezava 
com os anjos expulsos do céu, 
sem saber que eu estava 
expulso de mim 
Sou aquele homem que amou 30 mulheres 
e matou-se por amor 29 vezes. 
Sou aquele homem que ao jogar xadrez 
fugiu com a Rainha 
para um castelo medieval. 
Aquele que diante de Deus 
pediu para ser destruído, 
mas como castigo deixou-me viver mais. 
Sou aquele homem que amou 
mulheres de porcelana, 
com sexo de porcelana, 
boca de porcelana, 
beijo de porcelana, 
língua de porcelana. 
Sou aquele homem de porcelana 
que se quebra como uma xícara 
que cai da mesa. 
Sou aquele homem que saiu para dar uma volta 
e esqueceu de regressar. 

Álvaro Alves de Faria 



LE PROMETÍ UNA HUMILDE RESPUESTA A ESTE POEMA QUE TE PARTE EN DOS Y ENCIERRA EN SÍ LA VIDA Y SUS DESFILADEROS





Soy, la que escogió ser un dulce bufón en la corte de los desubicados Soy, la que sueña respuestas que llegan tras el cristal oscuro de una exigua consulta Soy, la que desaprendiendo con rapidez extrema reconoce su brillo avejentado en el espejo y se sonrroja.

Nela Escribano