Alvaro Alves de Faria vino a participar del XVI de poetas iberoamericanos en Salamanca, pero también vino el hombre de corazón dolorido y sensibilidad extrema, férreos principios y coherencia envidiable..El tierno ser humano y activista político inquebrantable..Me sentí orgullosa y honrada con su deferencia para conmigo. Tremendo ser, gran poeta y artista..Gracias...

Aquele
homem
Sou
aquele homem que não voltou,
que
saiu de casa ao amanhecer
e
se perdeu para sempre.
Sou
aquele homem da fotografia na parede
da
casa fechada por dentro.
Sou
aquele homem que inventou a tarde,
mas
não viu anoitecer.
Sou
aquele homem que se perdeu sem saber.
Aquele
que não soube nunca,
sou
aquele que não soube.
Sou
aquele homem que desapareceu,
aquele
que acreditou,
e
ao se ausentar de si mesmo
sentiu
o vazio absoluto de todas as coisas.
Sou
aquele homem que se foi
e
quando pensou em voltar
não
tinha mais tempo,
era
tarde demais.
Sou
aquele homem que se desfez
depois
de enlouquecer
e
enlouquecido
tentou
refazer o seu destino
Sou
aquele homem que engoliu
um
rio
e
se afogou adormecido.
Aquele
que falou sozinho
diante
do espelho
se
vendo do avesso.
Sou
aquele homem que falava com as pedras
palavras
desesperadas
que
saltavam da boca
como
gafanhotos doentes.
Aquele
homem que conversava com os santos
numa
igreja sem portas
e
que dizia silêncios
em
sílabas de gesso.
Sou
aquele homem
que
enfiou um punhal no coração
como
um poeta romântico do século 18.
Sou
aquele homem quase lírico
que
chamava os pássaros
para
uma ceia de sementes.
Aquele
homem que rezava
com
os anjos expulsos do céu,
sem
saber que eu estava
expulso
de mim
Sou
aquele homem que amou 30 mulheres
e
matou-se por amor 29 vezes.
Sou
aquele homem que ao jogar xadrez
fugiu
com a Rainha
para
um castelo medieval.
Aquele
que diante de Deus
pediu
para ser destruído,
mas
como castigo deixou-me viver mais.
Sou
aquele homem que amou
mulheres
de porcelana,
com
sexo de porcelana,
boca
de porcelana,
beijo
de porcelana,
língua
de porcelana.
Sou
aquele homem de porcelana
que
se quebra como uma xícara
que
cai da mesa.
Sou
aquele homem que saiu para dar uma volta
e
esqueceu de regressar.
Álvaro
Alves de Faria
LE PROMETÍ UNA HUMILDE RESPUESTA A ESTE POEMA QUE TE PARTE EN DOS Y ENCIERRA EN SÍ LA VIDA Y SUS DESFILADEROS
Soy,
la que escogió ser un dulce bufón
en la corte de los desubicados
Soy,
la que sueña respuestas
que llegan tras el cristal oscuro
de una exigua consulta
Soy,
la que desaprendiendo
con rapidez extrema
reconoce su brillo avejentado
en el espejo
y se sonrroja.
Nela Escribano